A volta de escrever sobre o que se ama é tão doce quanto o café que estou bebendo agora, com notas de caramelo, nozes e rapadura. Depois de um hiato de pouco mais de um ano longe da redação jornalística, estou de volta.
Mas isso não significa que fiquei parada: visitei muitos cafés, estudei bastante, tomei infinitas xícaras e, o mais especial de tudo, compartilhei cada um desses momentos com meu filho. Incluir meu bebê, hoje com 11 meses, na minha rotina e no meu amor pelos cafés brasilienses foi uma das melhores decisões que tomei até aqui.
Antes de começar esse texto, confesso que estava receosa. Mas, como diz um escritor brasiliense e amigo meu, Alexandre Fonseca, “a página em branco não é uma inimiga.” E hoje, encarei essa página como uma velha amiga que eu não via há tempos para trazer um pouco sobre minha bagagem acumulada desses últimos tempos.
Mas chega de falar de mim, essa coluna é sobre café.
Enquanto bebo o meu, percebo que, nesse último ano, o cenário na cidade mudou (pra melhor!). Novas torrefações surgiram, cafés abriram as portas, outros infelizmente fecharam, premiações reconheceram talentos locais e algumas cafeterias despontaram.
Dentro dessa identidade gastronômica brasiliense, um evento já consolidado volta a movimentar a cidade: o Restaurant Week, que começa exatamente hoje (14/2), no dia da estreia desta coluna. Oportunamente, alguns bons cafés marcam presença no festival, seja no menu de almoço, no jantar ou até trazendo a bebida em uma das etapas.
Na lista tem opções como Möca Confeitaria e Café, do chef Thiago Paraíso (que, apesar de não ter café especial, serve uma comida de boa qualidade e doces gostosos); Café é um Chêro, que serve um espresso como sobremesa do almoço; Rapport Café, que tem o Affogato como opção no menu; e o Ernesto Café, que dispensa apresentações e, na minha opinião, sempre vale a visita. Os menus custam a partir de R$ 54,90 e ficam disponíveis até o dia 16 de março. Você pode conferir com detalhes no site oficial do evento.

Se essa coluna fosse um café, ela ainda estaria no primeiro gole. Mas, assim como uma xícara bem servida, a ideia é ir degustando aos poucos, explorando cada aroma e compartilhando descobertas.
A propósito, me chamo Giulia Roriz, tenho 29 anos, sou formada em jornalismo, me especializei em gastronomia e fiz diversos cursos sobre café especial e barista. Escrevo sobre boa comida desde 2017 e já passei pelas redações do Correio Brasiliense, GPS Brasília e Metrópoles. Atualmente, além de jornalista, sou social media e criadora de conteúdo digital. Me acompanhe pelo @giuliaroriz! Até a próxima dose de cafeína pura!